Wall.E for President?

Andava eu nas caminhadas pelo mundo virtual da Internet quando, de repente, me deparei com este vídeo:

Após visualizar este vídeo, fiquei curioso acerca do referido artigo...corri para o Google e pesquisei logo o dito pedaço de jornal que tanta confusão me fez...acabando por encontrá-lo:

Artigo do New York Times

Não o vou traduzir, nem muito menos interpretá-lo aqui de forma exaustiva...apenas vou resumi-lo...mas tenho a dizer que vale bem a pena ser lido!

O autor, Frank Rich, colunista habitual do NY Times, começa por falar na situação que o levou a ver o filme: a exaustão dos problemas que os E.U.A enfrentam (preços da gasolina, mercado imobiliário estagnado, duas campanhas presidenciais que duram e duram e duram, a situação complicada do Iraque, etc.) levam os americanos a um escape desta confusão e, para ele, esse escape é o cinema, tendo "Wall.E" sido o filme escolhido para tal descontração.

O autor ficou fascinado com a reacção dos espectadores,  especialmente as crianças, ao filme: apesar de ser quase um filme mudo (já que os protagonista, por serem robôs, não falam outra língua a não ser uma espécie de som mecânico), o público emocionou-se, assustou-se, solidarizou-se com a personagem de uma maneira incrível (eu vi o filme e concordo...houve alturas em que o filme roçou o comovente...).

O autor realça ainda a componente pedagógica do filme, especialmente para os candidatos à Presidência dos E.U.A.:

- para Barack Obama, o filme poderia servir para fazê-lo assentar os  pés no chão, já que após a nomeação pelo Partido Democrata, a aparição de um "selo presidencial" alterado pela sua campanha e viagens pelo Mundo fora, lhe deram potencialmente um estatuto de favorito que, honesta e infelizmente, ainda não tem.

- para John McCain, um senador nada novo que, segundo o  próprio, "não sabe trabalhar com computadores", e segundo muitos, "não o sabe porque não faz ideia do que é a verdadeira América onde vive devido ao seu isolamento", este filme poderia dar-lhe um pedaço de realidade que lhe falta sobre ambiente, tecnologia, e como os seus "flip-flops" nada o ajudam na campanha.

Mas deixando de fora a política, penso que o filme, para além de esteticamente bem sucedido (parece que estamos lá e que podemos ter um Wall.E na dispensa para utilizar quando quisermos aspirar a casa...), tem muito conteúdo e prova que não é preciso ter diálogos para um filme ser emotivo e pedagógico. Como tal, e aproveitando a deixa do apoio à candidatura do Barack Obama para a Casa Branca (agora com Joe Biden ao lado...que me parece uma óptima escolha), penso que posso propôr ao Sr. Obama uma nova Vice-Presidência (sim, deixemos o Sr. Biden descansadinho...):