Verdade e Desculpa - Os Paradoxos da Sociedade Portuguesa do Século XXI

VERDADE: Telma Monteiro, judoca portuguesa da classe "- 52 Kg", foi eliminada dos Jogos Olímpicos após perder o combate com a (futura campeã) chinesa Xing Dong Mei, acabando em 9º lugar na Geral depois de perder também o combate com a espanhola Ana Carrascosa para atribuição da medalha de bronze.

DESCULPA: A culpa foi da arbitragem porque, como a chinesa joga em casa, existe "claramente" uma grande pressão para favorecerem os chineses em competição. Aliás...no combate seguinte com a espanhola, a derrota explica-se claramente pelo facto de a bandeira de Espanha ter "exata e inequivocamente" cores associadas à da bandeira chinesa, o que igualmente, exerce incrível pressão sobre os juízes...

VERDADE: Dois indivíduos de nacionalidade brasileira entraram numa agência do Banco Espírito Santo e assalataram-na, fazendo quatro reféns. Posteriormente libertaram dois deles e aos outros dois apontaram duas armas servindo-se deles como "escudos humanos" e ameaçando a sua vida no caso de as negociações com a polícia falharem. A UEP (Unidade Especial de Polícia) actuou, abatendo a tiro de sniper um dos assaltantes e ferindo gravemente o outro. Os reféns não sofreram quaisquer sequelas físicas.

DESCULPA: As famílias dos assaltantes reclamam que a acção da  polícia foi excessiva, que a acção dos franco-atiradores era desnecessária e que o desenrolar dos acontecimentos não pedia uma acção violenta como a que ocorreu. Certamente seria mais razoável na visão dos familiares atrair os assaltantes com o cheiro de feijão preto e picanha grelhada para um beco sem saída e aí tirarem-lhes as calças e darem-lhes um belo de um "tau-tau" no rabinho a cada um...uma sugestão dos mesmos familiares seria, certamente: em vez de matarem os assaltantes e salvarem os reféns, o franco-atiradores podem simplesmente acertar nos reféns (alguns são feios e tudo...) e prender assim os assaltantes sem grande aparato...tudo em nome dos "direitos humanos dos assaltantes".

VERDADE: Uma criança foi alvejada pela polícia depois de um indivíduo, o pai da criança, ter sido encontrado a furtar materiais de construção em Loures e se ter posto em fuga numa viatura, na qual se encontrava a referida criança. A criança, de 12 anos, viria a falecer no local, mesmo após intervenção do INEM. Conclui-se depois que o pai era um foragido há 9 anos da prisão de Alcoentre e tinha identidade e morada falsas há outros tantos anos.

DESCULPA: "A polícia é uma organização sem escrúpulos que mata  crianças inocentes". Esta parece ser a desculpa disparada por todos os meios noticiosos. O facto de o pai ser um foragido e levar o filho para o local do crime de assalto e furto é totalmente acessória porque se calhar "de pequenino se torce o pepino" e esse pai só estava a pôr em prática as suas funções de pedagogo (independentemente daquilo que ensina...).